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A Aula Particular

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Me chamo Fernanda, professora de português do ensino médio em uma escola estadual de São Paulo. Aos 30 anos, sempre mantive minha vida profissional impecável, até conhecer Matheus.

Matheus, 18 anos, era aquele aluno que se destacava. Não só pela inteligência, mas pelo jeito descolado e o sorriso que iluminava a sala 3B. Nos primeiros meses, tentei ignorar o frio na barriga quando ele entrava na aula.

Numa sexta-feira abafada de novembro, pedi que a turma ficasse após o sinal para revisão do ENEM. Aos poucos, os alunos foram saindo, até restar apenas Matheus.

“Professora, posso tirar uma dúvida?”, ele perguntou, aproximando-se da minha mesa.

“Claro, Matheus”, respondi, sentindo meu coração acelerar.

Ele se inclinou, fingindo olhar meu livro. “Na verdade… queria saber se você pensa em mim tanto quanto eu penso em você.”

Congelei. Era errado. Antiético. Mas não consegui negar.

“Matheus, não podemos…”

Antes que terminasse, seus lábios encontraram os meus. O beijo tinha gosto de café e desejo reprimido. Minhas mãos, tremendo, agarraram sua camiseta do grêmio estudantil.

“A porta…”, sussurrei entre beijos.

“Tranquei quando o último saiu”, ele respondeu, suas mãos já explorando por baixo da minha blusa.

Em questão de minutos, estávamos seminus sobre a minha mesa. Livros e provas caíram no chão enquanto Matheus me deitava ali mesmo.

“Fiz isso tantas vezes na minha cabeça…”, ele confessou, me penetrando devagar.

Gemi baixo, consciente dos corredores vazios ecoando qualquer som. O risco de sermos pegos só aumentava a excitação.

Movemo-nos em um ritmo urgente. O ventilador de teto rodopiava preguiçosamente, única testemunha do nosso ato proibido.

“Fernanda…”, ele gemeu meu primeiro nome, algo que nunca tinha feito antes.

Senti o orgasmo se aproximando, intenso e inevitável como uma tempestade de verão.

“Matheus!”, exclamei, abafando o grito no seu ombro.

Chegamos ao clímax juntos, ofegantes e suados no calor da tarde paulistana.

Enquanto nos vestíamos apressados, a culpa começou a pesar. “Isso não pode se repetir”, falei, mais para mim que para ele.

Matheus sorriu, aquele sorriso que me desarmava. “Claro, professora. Nosso segredo.”

Na segunda-feira, quando ele entrou na sala 3B, nossos olhares se cruzaram. E naquele momento, soube que nossa “aula particular” estava longe de terminar.

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